domingo, 1 de dezembro de 2013

Empatia (1º parte)

Quero vos falar de várias pessoas que conheci numa situação incomum e por quem desenvolvi uma certa empatia. 
(Forma de identificação intelectual ou afectiva de um sujeito com uma pessoauma ideia ou uma coisa"empatia", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/empatia)
          Na situação em que nos conhecemos, um ambiente fechado, um hospital, é usual as pessoas tornarem-se próximas ao partilhar experiências de vida e ao se ajudarem mutuamente. Como poderão ver, ao apresentar um a um, o grupo era muito variado em  termos de nacionalidade, classe social e idade; mas o que tínhamos todos em comum era uma grande tristeza e solidão.



          
  • Oriunda de África, 30 e tal anos, mãe de vários filhos, de baixa estatura mas larga.
  • Violada aos 8 anos, descobriu porque um dia um rapaz aproximou-se dela e confessou ser o 1º homem da sua vida (pode ser mentira, mas não sabe). Depois teve o pai dos seus filhos mas não se teve nenhum sinal de ter perdido a virgindade naquele momento.
  • Várias vezes esteve hospitalizada. Não costuma ter visitas e parece que irá ficar lá para sempre.
  • Estado depressivo, não sei se tentou o suicídio.
  • Comportamento infantil e tornou-se muito doce comigo. No entanto, despia-se em público, urinava nos corredores, cantava, dançava, rezava e fazia alongamentos diários.
  • Dizia ser o meu anjo da guarda, benzia-me e dizia que iria sempre rezar por mim. Afirmava também ser a Virgem Maria. 

         



Sem comentários:

Enviar um comentário