domingo, 1 de dezembro de 2013

Amizade

Ontem tive um exemplo do que significa a verdadeira amizade.
Por vezes somos levados a pensar que as pessoas que estão constantemente a falar connosco, a mostrarem se presentes e preocupados são os nossos verdadeiros amigos. Por vezes é verdade, mas outras essas pessoas apenas têm segundas intenções e temos de ter atenção a isso.
A verdadeira amizade não se diz, sente-se, não tem necessidade de falar todos os dias, mas permanece igual como se o tempo não passasse...
O meu dia de ontem começou com um levantar da cama cheio de boas expectativas e nenhum pensamento triste, algo que não me tem acontecido muito nos últimos tempos. Eu e dois amigos meus fomos passear a Sintra, praticamos geocaching, almoçamos e comemos como sobremesa os seus famosos travesseiros. De seguida partimos em direcção a Lisboa devido a um compromisso de um deles, mas antes, porém parámos numa estufa onde eles os dois decidiram me comprar uma planta como presente de aniversário. Adorei a ideia de eles se preocuparem com isso, adoro flores e ainda adoro mais a cor das flores que escolheram. No fim agradeci e o que estava de saída deu-me um forte abraço que quase me cortou a respiração, lembrando-me de quem realmente esteve sempre ali para mim.
O final do dia foi passado em Belém na companhia do meu outro amigo, de pastéis de belém e de umas bebidas bem quentinhas do Starbucks. Lá para as 18h fomos assistir a uma palestra/concerto sobre como a música afectava as nossas emoções e consequentemente o nosso cérebro, na Fundação Champalimaud. Durante o concerto (estilo barroco) foi impossível resistir ao rol de emoções que se abateram sobre mim. Virei-me para o meu amigo e agradeci-lhe toda a sua amizade comigo, ao que ele disse "A amizade não se agradece, se tu estás triste, eu estou triste"; e isto chama-se empatia.
O que quero transmitir é que podemos estar ausentes da vida uns dos outros durante muito tempo, mas quando voltamos é como se nunca tivéssemos partido. São as pessoas a quem realmente mostramos o verdadeiro eu, com quem brincamos, fazemos patetices e passamos vergonhas, ou contamos toda a nossa vida; são esses os nossos amigos de verdade. E lembrem-se: o nosso coração ou instinto como quiserem chamar consegue identificar o que é real e o que é forçado. Abram os olhos para quem realmente gosta de vocês.

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